25/02/2012

A vida é um saco de bosta...


Antes que me deem como morto (essa expressão existe?) eu vou escrever um pequeno resumo da minha vida esse ano.

Eu moro em Nova Lima e meu campus é em São Gabriel, pra você que não é de BH (sim, eu assumo que mais alguem alem da minha família e amigos leem esse site escroto) a distancia se equivale a você sair de Helsinque na Finlândia e ir na direção do Cinturão de Asteróides em Ceres entre Marte e Jupiter.

ali ó
Como resultado eu tenho que ir de carro até o Boulevard Shopping, que já é ligeiramente longe, e pegar um metrô.

Vou dar uma parada aqui pra discorrer sobre como o metrô funciona aqui, pelo menos comigo.

É o seguinte, além de ter que torcer pra minha passagem ser aceita na catraca eletrônica (pois é, essa merda já rejeitou duas passagens minhas, eu enfiava a desgraçada e o troço cuspia ela de volta) eu tenho que ficar 10 minutos em pé esperando o maldito trem... se isso fosse um ônibus, ok, mas essa merda era pra ser rápida e eficiente, mas acho que "rápido e eficiente" vai contra o lema do Brasil de "foda-se essa bagaça", oh well, o engraçado é que, não estou de putaria, é sério isso, se eu estou de um lado, chegam a passar dois trens do outro lado da pista antes de chegar um na minha, se isso não é uma prova de algum tipo de complô contra mim por parte do Universo, eu não sei o que é.

filho da puta

Minha aula começa às sete da manhã em ponto, além do lugar ser lá no cu de Judas os patifes ainda tem a audácia de começar a aula nesse horário, enfim, quando eu finalmente pego o metrô e sento (o bom de manhã é que sempre tem lugar) eu fico mais feliz. 

Nesses dias eu reparei num fenômeno interessante, não, não falo do fato do maquinista falar o nome da estação quando ele bem entender (isso quando ele fala), mas do fato de que a Nokia deve ta ganhando dinheiro pra burro, porque toda vez que usufruo deste meio de transporte eu me deparo com pelo menos uma pessoa usando o celular Nokia C3 (além de mim), toda vez.

minha teoria é de que eles na verdade são sondas alienígenas

Depois que desço na estação São Gabriel eu pego um ônibus, não reclamo muito dele, 90% das vezes ele já tá lá me esperando, que nem um cachorrinho espera o dono quando ele chega do trabalho, só que com menos saliva.

Ele me deixa do lado do campus, eu subo um quarteirão a pé e entro pela entrada perto do meu prédio onde tenho aula, nisso aí já são 7:15... parece pouco, mas, quinze minutos de atraso numa aula como a de programação é o mesmo que chegar no final de uma festa e ver os que sobraram na sala, bêbados, vestidos de zebra, dançando "Ai Se Eu Te Pego" em croata e comendo croquete de queijo, ou seja, você perdeu o contexto e não adianta nada tentar acompanhar, pode ser até perigoso pra sua saúde.

curiosamente "perigoso pra sua saúde" é como médicos descrevem a música de Michel Teló

Outro ponto que vale ressaltar é que na minha sala tem mais de quarenta pessoas... e quatro meninas, das quais duas são comíveis (piada machista, leia sob sua responsabilidade).

E eu achando que minha vida acadêmica a partir de agora seria que nem naqueles filmes estilo American Pie,  onde uma festa fazia com que companhias que fabricam camisinhas tenham um repentino e estelar aumento de vendas. Eu devia parar de acreditar que filmes traduzem a realidade.

caso contrário a vida ia ser 2500% mais foda

Ao acabar a aula eu me dirijo ao ponto pra pegar o mesmo ônibus, que ao contrário do que me levava até o campus, demora até vinte minutos pra aparecer, pra voltar à metáfora do cãozinho, é como se você chegasse em casa e seu cachorro tivesse trancado a porta de casa no maior ato de filha da putagem e só abrisse depois que você estivesse no limiar da morte.

"tá frio aí fora?"

Quando ele resolve aparecer eu já estou quase no limiar da morte por causa da fome acumulada até então. Em cinco minutos eu já estou na estação de novo, esperando mais dez minutos até a chegada do maldito metrô. Na volta eu normalmente fico em pé, até à metade do caminho pelo menos, porque essa lata gigante fica cheia de gente até o talo.

Paro na estação Santa Efigênia e vou almoçar no Boulevard Shopping, algo saudável, porque tenho que manter meu organismo hígido e sexy.

se minha definição de saudável difere da sua, só lamento

Como meu trabalho começa só às duas da tarde, eu posso ficar enrolando um pouco, ouvindo música e usando o wi-fi do shopping pra entrar no Facebook.

Dando 13:50 eu saio e vou andando até o serviço (aliás, essa palavra é muito escrota nesse contexto) e fico lá até às seis e quinze, vou de carro pra casa e só chego lá pras sete e meia, por isso não tenho tempo pra quase nada, porque tenho que acordar 5:40 no dia seguinte pra poder repetir esse processo todo. Então reclamem com o Cash, porque ele realmente não tem o que fazer da vida e devia tá escrevendo aqui 25h por dia.


se dependesse de mim, ele só saía de casa se fizesse um texto por dia

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E é isso aí, semana que vem eu posto um texto sobre o Carnaval e minha fodástica ida ao sítio.

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