29/02/2012

Cultura útil do dia: Senhor dos Aneis

Agora que você já absorveu o clima fúnebre do post abaixo, podemos voltar à programação original.

Sem querer me delongar em introduzir em vocês
o assunto, já que minha lista de desculpas pela minha ausência está se esgotando (a essa altura só sobram como desculpa coma, abdução e meu computador ter quebrado [que, convenhamos, é a mais amendrontadora das três]), só deixo como argumento aqui o fato de que os fãs clamaram pela minha volta.

Tudo mensagem de fãs, claro. Tudo.

Enfim, deixemos isso de lado. Hoje vamos falar sobre
cultura geral. (N.A.: nesse momento fiquei parado por uns quarenta minutos pensando no que escrever nessa porra. Mas vamos mandar brasa)

Enfim, por cultura geral entende-se tudo aquilo que é suficientemente foda pra lhe seguir por toda a vida, sendo de constante necessidade e ultilidade em seu cotidiano. Não, eu não falo de mamemática, física ou outras randomidades inúteis, porque todos sabemos que essas se resolvem facilmente com qualquer calculadora.

Tranquilo
Falo aqui do conhecimento artístico, da apreciação e admiração das artes cênicas, literárias e virtuais (cinema, livro e videogame, cacete). Você, que é incapaz de diferenciar uma equação de segundo grau de uma raiz quadrada, mas sabe distinguir um motor de propulsão de X-Wing de um Warp Driver de Crusadores Imperiais, é muito bem-vindo neste tópico - afinal, é muito óbvio que um dia pode ser que você de fato precise pilotar um X-Wing, mas com certeza nunca vai se deparar com uma equação exponencial que precisa ser resolvida para salvar a galáxia.

Vamos começar essa porra. Falemos sobre Senhor dos Anéis.

Bring it on, bitches

Compreendo por este ponto que, a essa altura da vida, você já assistiu Senhor dos Aneis, claro. (Clint parará de ler o texto aqui.)

Não que seja uma obrigação assistir ao filme, lógico. Só que ele é foda pra caralho, ganhou prêmios até o cu fazer bico (adoro essa expressão), e é obra de J.R.R.Tolkien.

They see me rollin'

Pensando bem, é uma obrigação assistir ao filme sim, seu vagabundo.

Senhor dos Aneis, que, pelo que em minhas vastas pesquisas sobre o tema para trazer-lhes este texto (trocando em miúdos, nas 15 abas da Wikipedia que eu nem li, só passei o olho) eu descobri, começou a partir da exigência do pessoal fidalgo que leu o Hobbit por uma continuação da história, chegando ao mundo para foder a tudo e a todos, cumpre com lealdade a sua função. Por quê? Pelo fato de que o Tolkien (não só em O Senhor dos Aneis, mas em toda a sua coletânea) inventou um mundo inteiro que serve de referência até hoje (Sim, sim, George Lucas inventou uma galáxia, ele teve as manhas também. Mas o Tolkien inventou a Terra Média no início do século XX, quando ninguém nem pensava nisso e tratava de se ocupar com guerras civis, Guerras Mundiais e outras humanidades inúteis).

Enfim, pra servir de base, o Senhor dos Aneis é antecedido pelo Hobbit, que é uma história foda pra cacete também. O filme, aliás, sai em dezembro desse ano. Espero de coração que seja antes de o mundo acabar.

E eu ainda comprei junto com o Silmarillion por 30 reais. Puta pechincha 

Já o Silmarillion (meu próximo livro pra ler) é tipo um livro de História e Geografia sobre a Terra-Média. Aliás, isso me lembrou do MEU livro de História e Geografia da escola. Ele contava as satíricas histórias do Sr. Ariosto. Caralho, que escroto. Acho que é por isso que eu apresento algum transtorno mental. Enfim, eu sei que o Silmarillion (apelidado carinhosamente de Sr. Mamilo) é dividido em cinco partes, que narram a criação e formação do mundo mitológico lá.

Fala sério, melhor até que Skyrim

O Senhor dos Aneis, que tratarei por LOTR (Lord of the Rings, já que Senhor dos Aneis cansa de digitar e SdA não soa tão épico), como todos sabem, narra o ressurgimento do Senhor das Trevas (não, não é o capeta. É algo bem mais épico) e a árdua jornada de dois hobbits que devem destruir o Um Anel (N.A.: o nome do anel É UM ANEL, cacete. Vem de "Um anel para todos governar". Olha a cultura geral aí), centro do poder maligno. Mas foda-se, TODOS VOCÊS sabem disso. Não é possível que alguém não saiba. O livro nos traz uma lição de moral: mesmo a mais pequena das criaturas, em quem ninguém deposita qualquer esperança, pode estar destinada a grandes feitos. Mas que se foda a lição de moral. Ele é o que é porque tem guerra, personagens fodas e uma storyline do caralho. Foi escrito durante a Segunda Guerra Mundial, e dá pra perceber muita referência ao tema nele, mesmo que o Tolkien tenha negado que utilizou a grande guerra como qualquer influência. Mas é legal pra caramba ver isso por lá. O prefácio (ou prólogo. Sei lá, cacete) em si já é legal pra cacete. O Tolkien conta como achava difícil buscar inspiração pra escrever, e que deixou o projeto de lado por um ano inteiro (dá pra perceber isso lendo, é a parte em que começa a ação de fato, em Mines of Moria) (N.A.: tá a mesma coisa pra escrever essa merda aqui, toda hora a inspiração some). A partir dessa cena, entretanto, a leitura, que até o ponto era bastante descritiva, começa com a ação, fodeza e tudo aquilo que marca e dá sucesso à série (note que, neste ponto, me faltaram adjetivos suficientemente bons pra descrição, e eu coloquei esse final mela-cueca).

Fora os livros e os filmes (que, juntando os três, são as melhores 8 horas que você pode passar na frente da TV), temos também os jogos, produtos e a minha cópia de latão do Um Anel que veio de brinde nas pilhas Duracel nos idos de dois mil e alguma coisa. Isso sem contar as diversas produções que se inspiraram na mitologia do Tolkien. E é coisa pra caralho. Livros, músicas, bandas, filmes, jogos. O cara era um gênio.

Think I hear the sound of awesome

Ah, e sem falar que a trilha sonora é foda pra cacete.
Vou ali trocar minhas calças

Então por que você (sim, eu sei que alguém aí clama não gostar de Senhor dos Aneis. Sem nunca ter visto. Eu conheço você) não se levanta da cadeira, põe esse pijama pra lavar (sério, já tá na hora.), estoura umas pipocas e corre até a locadora mais próxima? (Clint, sua bicha, isso também vale pra você.)


E leiam o livro, seus putos



***


E comentem no blog também. Pra eu não me sentir sozinho.

o/

25/02/2012

A vida é um saco de bosta...


Antes que me deem como morto (essa expressão existe?) eu vou escrever um pequeno resumo da minha vida esse ano.

Eu moro em Nova Lima e meu campus é em São Gabriel, pra você que não é de BH (sim, eu assumo que mais alguem alem da minha família e amigos leem esse site escroto) a distancia se equivale a você sair de Helsinque na Finlândia e ir na direção do Cinturão de Asteróides em Ceres entre Marte e Jupiter.

ali ó
Como resultado eu tenho que ir de carro até o Boulevard Shopping, que já é ligeiramente longe, e pegar um metrô.

Vou dar uma parada aqui pra discorrer sobre como o metrô funciona aqui, pelo menos comigo.

É o seguinte, além de ter que torcer pra minha passagem ser aceita na catraca eletrônica (pois é, essa merda já rejeitou duas passagens minhas, eu enfiava a desgraçada e o troço cuspia ela de volta) eu tenho que ficar 10 minutos em pé esperando o maldito trem... se isso fosse um ônibus, ok, mas essa merda era pra ser rápida e eficiente, mas acho que "rápido e eficiente" vai contra o lema do Brasil de "foda-se essa bagaça", oh well, o engraçado é que, não estou de putaria, é sério isso, se eu estou de um lado, chegam a passar dois trens do outro lado da pista antes de chegar um na minha, se isso não é uma prova de algum tipo de complô contra mim por parte do Universo, eu não sei o que é.

filho da puta

Minha aula começa às sete da manhã em ponto, além do lugar ser lá no cu de Judas os patifes ainda tem a audácia de começar a aula nesse horário, enfim, quando eu finalmente pego o metrô e sento (o bom de manhã é que sempre tem lugar) eu fico mais feliz. 

Nesses dias eu reparei num fenômeno interessante, não, não falo do fato do maquinista falar o nome da estação quando ele bem entender (isso quando ele fala), mas do fato de que a Nokia deve ta ganhando dinheiro pra burro, porque toda vez que usufruo deste meio de transporte eu me deparo com pelo menos uma pessoa usando o celular Nokia C3 (além de mim), toda vez.

minha teoria é de que eles na verdade são sondas alienígenas

Depois que desço na estação São Gabriel eu pego um ônibus, não reclamo muito dele, 90% das vezes ele já tá lá me esperando, que nem um cachorrinho espera o dono quando ele chega do trabalho, só que com menos saliva.

Ele me deixa do lado do campus, eu subo um quarteirão a pé e entro pela entrada perto do meu prédio onde tenho aula, nisso aí já são 7:15... parece pouco, mas, quinze minutos de atraso numa aula como a de programação é o mesmo que chegar no final de uma festa e ver os que sobraram na sala, bêbados, vestidos de zebra, dançando "Ai Se Eu Te Pego" em croata e comendo croquete de queijo, ou seja, você perdeu o contexto e não adianta nada tentar acompanhar, pode ser até perigoso pra sua saúde.

curiosamente "perigoso pra sua saúde" é como médicos descrevem a música de Michel Teló

Outro ponto que vale ressaltar é que na minha sala tem mais de quarenta pessoas... e quatro meninas, das quais duas são comíveis (piada machista, leia sob sua responsabilidade).

E eu achando que minha vida acadêmica a partir de agora seria que nem naqueles filmes estilo American Pie,  onde uma festa fazia com que companhias que fabricam camisinhas tenham um repentino e estelar aumento de vendas. Eu devia parar de acreditar que filmes traduzem a realidade.

caso contrário a vida ia ser 2500% mais foda

Ao acabar a aula eu me dirijo ao ponto pra pegar o mesmo ônibus, que ao contrário do que me levava até o campus, demora até vinte minutos pra aparecer, pra voltar à metáfora do cãozinho, é como se você chegasse em casa e seu cachorro tivesse trancado a porta de casa no maior ato de filha da putagem e só abrisse depois que você estivesse no limiar da morte.

"tá frio aí fora?"

Quando ele resolve aparecer eu já estou quase no limiar da morte por causa da fome acumulada até então. Em cinco minutos eu já estou na estação de novo, esperando mais dez minutos até a chegada do maldito metrô. Na volta eu normalmente fico em pé, até à metade do caminho pelo menos, porque essa lata gigante fica cheia de gente até o talo.

Paro na estação Santa Efigênia e vou almoçar no Boulevard Shopping, algo saudável, porque tenho que manter meu organismo hígido e sexy.

se minha definição de saudável difere da sua, só lamento

Como meu trabalho começa só às duas da tarde, eu posso ficar enrolando um pouco, ouvindo música e usando o wi-fi do shopping pra entrar no Facebook.

Dando 13:50 eu saio e vou andando até o serviço (aliás, essa palavra é muito escrota nesse contexto) e fico lá até às seis e quinze, vou de carro pra casa e só chego lá pras sete e meia, por isso não tenho tempo pra quase nada, porque tenho que acordar 5:40 no dia seguinte pra poder repetir esse processo todo. Então reclamem com o Cash, porque ele realmente não tem o que fazer da vida e devia tá escrevendo aqui 25h por dia.


se dependesse de mim, ele só saía de casa se fizesse um texto por dia

***

E é isso aí, semana que vem eu posto um texto sobre o Carnaval e minha fodástica ida ao sítio.