31/08/2011

Post comemorativo

Quick fact: estamos com exatamente 4.995 leitores, nos aproximando do dia histórico em que completaremos 5.000 views. O felizardo de número 5.000 vai ganhar uma exclusiva...

... hm ...

...oportunidade pra conhecer os autores deste blog!


E rumo aos 10.000. Lá teremos verba pra um prêmio mais decente.

Minhas sinceras gratidões (e com a certeza de que as do meu parceiro são sinceras também),
Cash e Clint.



Fuck yea.

25/08/2011

CONVERSA RANDOM DO DIA 7

Estou sem tempo pra fazer updates grandes porque eu sou preguiçoso e porque minha escola gosta de sugar a vitalidade do meu corpo, então uma mini atualização pra não deixar isso aqui estagnado por muito tempo.




Termina aqui o mini update...

20/08/2011

A moça do Herbalife

Essa é mais uma das histórias que eu pretendo contar tem uns bons meses, e só hoje eu adquiri a coragem / ânimo pra unir todos os retalhos do fato armazenados em um arquivo .txt e transformar o ocorrido em um conto em formato de texto. Vamos aos fatos, de antemão (porra, é legal usar essa palavra) eu peço desculpas porque provavelmente não vou lembrar de tudo que se passou naquele dia.

Bom, era uma segunda feira. Estávamos todos animados pelo fato de ter onze horas de aula em um só dia, e na hora do almoço (interprete como "período de uma hora entre aulas para que não morramos [nota do autor: essa palavra realmente existe, mas é estranha pra caralh...ok, foda-se] de fome") eu e mais um grupo de especificamente 5 broders saímos pra comer um bom espaguete no restaurante mais visitado pelo pessoal bacana. Ok, é uma espelunca que vende macarrão barato. Mas isso não vem ao caso.

Abro um parêntese para citar que no nosso colégio TEM almoço, mas isso não quer necessariamente dizer que é algo comestível. Além de reciclar a comida, como rondam os boatos, lá é proporcionalmente caro pra cacete. E NÃO VENDE COCA COLA. Deixo aqui minha real indignação.

Voltemos à história.

Não me lembro muito bem dos detalhes do restaurante, mas sei que comemos o suficiente pra encontrar dificuldade em subir o morro de no máximo 20º no caminho até a escola. Eis que na metade do trajeto somos surpreendidos por uma mulher que desesperadamente gritou "MENINO VEM CÁ! Ô MENINO!" na nossa direção, praticamente pulando na nossa frente. Ela era baixa, loira, uns 40 e poucos anos e meio... roliça. Enfim, ela parou a gente no caminho e começou a fazer umas perguntas:

"Vocês já almoçaram? Comeram o quê no almoço? Sabia que tem um jeito saudável de almoçar sem engordar e ainda podendo ganhar massa muscular? Afinal, hoje em dia você tem problema com isso. Todo mundo tem problema!"

Entregou pra cada um de nós um pequeno panfleto que dizia "Convite Pessoal". Mais tarde vou explicar por que ainda tenho o meu, que está aqui em minhas mãos. Seria um prazer scanear e colocar aqui pra enriquecer o pobre texto, mas como meu scanner fez o favor de quebrar e eu estou muito à toa agora, eis uma cópia dele que eu acabei de fazer no Paint:


Figura 1: seta vermelha indica a gororoba 1, seta azul indica a gororoba 2. Explicarei também mais tarde. Ao fundo da imagem, potinhos de comprimido. Fiquei com preguiça de desenhar.

Sempre me emociono com minhas habilidades no paint. Enfim, esse papel encontrava os seguintes dizeres na parte de trás:

"FAÇA ESTA NUTRIÇÃO INTELIGENTE!

Ganhe:
+ Energia
+ Vitalidade
+ Saúde
+ Controle de Peso com os benefícios de uma vida saudável
+ Ganho de Massa Muscular


Elimine:
- Excesso de Peso
- Gordura Localizada
- Stress
- Cansaço Físico e Mental
"

Abaixo, "Distribuidor Independente" com telefone e endereço da parada, além do nome da mulher. Chamemos-na de R, mantendo o anonimato.

Ela continuou seu discurso de "o que mais interessa pro adolescente é ganhar massa muscular", o que ela sabia porque tinha um filho de nossa idade. Claro que tinha. Enquanto isso olhávamos para o panfleto, enquanto pensávamos em consenso "essa merda não pode substituir um almoço" olhando pra foto da gororoba 2, em destaque. A mulher insistia para que visitássemos a nova loja - que ela se recusava a chamar de outra coisa além de "espaço de convivência". Negamos, afirmando que tínhamos acabado de almoçar, a aula era dali a meia hora, etc. Ela compreendeu e pediu (insistiu) para que aparecêssemos por lá no dia seguinte. Consentimos (pensando 'não') e fomos embora. Nisso perdemos uns 5 minutos, ela parecia inteiramente focada em nos levar pra lá naquele momento, ignorando os outro transeuntes que passavam pela rua. Um grupo de 5 potenciais clientes realmente lhe parecia bem aparente.

Seguimos nosso caminho, relembrando o fato (leia-se rindo pra caralho) de como a moça estava desesperada pra que a gente fosse lá tomar o que ela havia chamado de "Shake saudável", que interpretamos como a gororoba 2.
Agora, pra explicar o motivo de termos voltado, você precisa interpretar o que se passa na cabeça de um presidiário aluno de terceiro ano que tem cinco horas de aula pela frente: qualquer coisa que envolva "passar um pouco mais de tempo fora da escola antes da aula" nos parece atraente, discutimos as possibilidades, afirmando que seria engraçado pra cacete ir lá ver que merda era aquela.

Assim, a seguir pelo lema "Tá no inferno, abraça o capeta", lascamos um "foda-se, é melhor que ir pra escola" e fomos ver do que se tratava.

Voltamos, tentando evitar a R, que se distraía contando o mesmo discurso para outro pedestre, enquanto entrávamos no prédio onde ficava a sala do "espaço de convivência". Na porta, um segurança exigiu nossa carteira de identidade pra passar pela catraca que dava acesso aos elevadores, recusando-se a nos deixar passar sob qualquer circunstância. Essa foi a primeira tragédia do dia: um dos broders estava sem a carteira de identidade, que estava na mochila a dois quarteirões de distância. Insistimos para que ele fosse lá buscar correndo, mas não dava tempo; com certo desapontamento nos separamos dele enquanto adentrávamos o prédio. [nota do autor: Ítalo, a ver por agora, acredito que você foi o único de nós que teve sorte, pois o que viria a acontecer nos próximos minutos seria muito constrangedor. Mas cê devia ter ido buscar a identidade, cacete.]

Já dentro do prédio, esperamos o elevador por um bom tempo. Tempo esse que foi suficiente para que déssemos a sorte de encontrar com uma pessoa a dois segundos de a porta se fechar: A R. Ela entrou no elevador, dizendo
"Ó MENINOS VIERAM EXPERIMENTAR O NOSSO SHAKE, HEIN?" enquanto pensávamos coletivamente: "que merda".

Vamos ao fato: não sei por que maldito motivo um elevador é um lugar que nos faz rir quando estamos com amigos e tem um desconhecido por perto. Acho que é a comum falta de assunto e o sislêncio constrangedor, enquanto olhamos um pra cara do outro. Agora multiplique as risadas por dez, já que o desconhecido em questão era a própria R. A porra da sala era no DÉCIMO QUINTO andar, e a mulher falava que nem uma infeliz sobre as vantagens do produto dela, o quanto ele era melhor que uma barra de cereais e etc. Eu segurava o riso com força descomunal, enquanto o Rafinha e o Raphão riam pra caralho, e olhar pra ele me fazia rir também. O Mike, o único que conseguiu se manter sério, prestava atenção nas maravilhas do shake que a R citava, enquanto nós tentávamos nos controlar.

Depois de um período que pareceu constrangedoramente maior do que foi na verdade, chegamos ao andar da loja - quer dizer, do espaço de convivência - que ao abir da porta se mostrou nada mais que uma salinha branca com uma janela, um banheiro, algumas cadeirinhas de plástico, cartazes e uma outra salinha que aparentava servir como cozinha, como você vê no detalhado mapa abaixo.


Figura 2: Abaixo a entrada, setas vermelhas são os cartazes, verde a janela; quadrados azuis são as cadeiras; a bola roxa é a R e os X somos nós, enquanto ela discursava para nós.

Ao entrar da sala, percebemos de instante o que aquilo era: Herbalife. Estrategicamente o "convite pessoal" não indica em lugar nenhum o nome da marca, provavelmente para não alertar as pessoas sobre as quinze mil reclamações diárias sobre os produtos enganosos. A mulher apontou para o cartaz de maior destaque, que mostrava fotos "antes/depois" de pessoas que compraram o produto e emagreceram, ficaram fortes, bonitas e inteligentes. Ela nos mostrou a foto de um sujeito de terno, com pose de milionário. E contou:

"Esse é o X. Ele é o fundador da nossa marca, e tem uma história de vida muito bonita. Ele perdeu a mãe, que morreu tragicamente com uma overdose de anabolizantes. Por isso, ele foi pra China conhecer os tratamentos feitos com ervas medicinais e hoje é o magnata dos produtos para perda de peso no mundo."

Agora, caro leitor, pense comigo. O cara perdeu a mãe. Por isso, ele pensou "VOU PARA A CHINA TRABALHAR COM A PERDA DE PESO!" Hoje ele é milionário. Encontre a ligação entre os fatos dessa história, porque pra mim não faz merda de sentido nenhum.

Aí ela começou a mostrar cada foto do cartaz, contando a história de cada pessoa: "Essa é a Y. Ela é mãe de sei lá quantas crianças, e essa era ela antes do nosso Shake. Essa é ela hoje" dizia a R, enquanto apontava para a foto de uma mulher que passou de uma rolha de poço para um palito saudável.

Nesse tempo todo pensávamos: "querida R, se o seu Shake é tão maravilhoso, por que você não usa?" Afinal, ela aparentava estar tão saudável quanto uma picanha frita.

Ela continuava seu discurso, agora nos mostrando como uma pessoa trabalhava como sei lá o quê, ficou milionária sendo um revendedor do Shake-maravilha e agora não precisa trabalhar mais, pois tem empregados que revendem o Shake dele. "Esse aqui é o W. Começou há dois anos a vender os nossos produtos e hoje é milionário, ganha 10 (ou 20, não lembro direito) mil por mês."

Agora vamos às contas: pra ser milionário, você precisa ter pelo menos um milhão (obrigado, sr. óbvio). Vamos por aí que o cara ganha uma média de 15 mil por mês. Me acompanhe, abra sua calculadora do Windows:

1 milhão divido por 15 mil/ mês = 1 000 000 / 15 000 = 66,7 meses. Dois anos têm 24 meses. O cara realmente deve ser um gênio. O Raphão, outro broder, percebeu a matemática do caso e olhou pra mim, se esforçando pra segurar o riso e prestar atenção na bela história que a R contava.

E o cara parecia ser um conhecido do Mike, nosso broder. A moça recomendou "Ó, depois você pergunta pra ele pra você ver como ele é rico." Realmente.

Terminada a história de cada felizardo que melhorou sua vida milagrosamente, passando pelo "gordo que não tinha amigos", a "adolescente bulímica", o "bastardo que encontrou o Senhor" e outros casos, a mulher disse: "Agora eu vou preparar o chá para vocês. Ele serve para melhorar a concentração, deixar atento, etc e o caralho a 4. Me dêem seus convites pessoais".

Ela entrou na cozinha (a sala à direita na Figura 2), trouxe 4 copos e pediu os nossos nomes. Por que diabos ela queria isso? Pegou uma caneta e anotou um em cada copo. Voltou à cozinha e encheu os copos (que, por sinal, eram daqueles grandes, de 700 ml) da gororoba 2, como visto na Figura 1. Acontece que na Figura 1 a gororoba 2 não parecia com um copo de óleo misturado com água como era na realidade, só que um pouco mais escuro. Ela encheu os quatro copos até a boca e entregou cada um para o respectivo dono, de acordo com os nomes. Olhamos praquele líquido e pensamos "puta merda" enquanto ela falava que o filho dela também era um problema porque adorava hambúrgueres e não comia comida saudável, e sei lá o quê.

Então ela disse que ia até a cozinha preparar o tal Shake, que era a parte 2 do processo. Assim que ela saiu nos entreolhamos e discutimos qual seria a saída para não tomar aquela merda, que era completamente intragável. O Rafinha, um dos meus broders, analisou as opções e concluiu que a gente podia ou jogar a parada na privada ou pela janela, enquanto a mulher não olhava. Mas como uma opção mais sensata chamamos a R e argumentamos que tínhamos que voltar para a escola por causa da hora, enquanto almejávamos jogar o líquido na primeira sarjeta que encontrássemos pelo caminho. Entretanto ela disse, enquanto voltava a preparar a gororoba 1: "Ok, acabem seus chás e amanhã vocês tomam o Shake, porque não pode sair com o copo daqui". Espaço de convivência o caralho, então. A privada e a janela pareciam muito mais atraentes agora.

Nos entreolhávamos sem conseguir parar de rir e pensando na melhor maneira de ir embora dali o mais rápido possível. A R apareceu na sala de novo e olhou para nós e os copos, em sua maioria intactos, e acho que nessa hora ela percebeu que a gente não estava ali como clientes em potencial. Novamente ouviu de nós que realmente precisávamos ir embora, e que a gente voltaria outro dia. Acreditando nessa informação com um pouco da infeliz esperança que ela possuía, nos devolveu nossos convites pessoais e recolheu os copos, afirmando que esperaria por nós no dia seguinte. Agradecemos e saímos da sala, a tempo de ela ouvir a explosão de risadas (acho que de alívio por ter saído dali, principalmente) que soltamos assim que pisamos fora do "espaço de convivência", em direção ao elevador. Planejamos até levar a galera no lugar no dia seguinte, mas por motivos divinos essa ideia foi rejeitada mais tarde.

Fomos pra escola contar os fatos para o pessoal, e nesse dia eu prometi que um dia imortalizaria essa história aqui no blog. Check. Espero que tenham se deleitado, caros leitores, porque foi engraçado pra caralho.

Moral da história: Não sejam fracassados na vida. Sério, e almocem direitinho, com as 7 cores do prato. Façam isso pelo tio Cash, e comentem aqui no blog. Eu sempre fico feliz com seus comentários.

See you soon, bros.

15/08/2011

TOP 5 Universos Gamísticos em que eu gostaria de viver - 3/3

E aí criançada, eu passei as últimas semanas ocupado com coisas triviais como 'não morrer de infecções' e ... pensando bem foi só isso mesmo, mas porra, fui acometido (joguei essa palavra sem saber o que significa só pra ir no google depois ver que ela cabe nesse contexto, meu cérebro funciona até quando eu não sei que ele tá ligado) por umas 3 doenças esses últimos dias.

Então deixa eu terminar logo essa infame lista, já que o Cash abandonou vocês de novo, detalhe, ele abandonou vocês pra jogar Pokémon no emulador de GameBoy Advance dele, acho que vocês deviam ficar bem bravos com ele. Muito bravos.

Enfim, aqui o resto da parada:


1. Fallout
Eu sei que na imagem diz Fallout 3, mas eu vou considerar a trilogia inteira já que ela se passa no mesmo universo. Fallout se passa num mundo onde uma hecatombe nuclear destrói praticamente o planeta inteiro na chamada Grande Guerra, que durou nada mais que um dia.


"Como assim?" você me pergunta, bem, num mundo onde todos os recursos, principalmente o petróleo, estão perigosamente no fim, governos encarnam o espírito de filha da putagem. Exemplo, os EUA tomam posse da última reserva de petróleo do mundo e recusa a exportar para os outros países, causando uma alta no preço dos combustíveis. Por causa disso, a China invade o Alasca e os EUA anexam o Canadá. Depois de muita discussão entre o Oriente Médio, a União Européia, os Estados Unidos, a China e a Rússia, um míssil lançado sobre os EUA inicia uma reação em cadeia que faz que todas as outras nações usem suas armas nucleares umas nas outras. Por isso a guerra dura apenas um dia, porque o planeta inteiro foi dizimado, com direito a oceanos evaporando, chuvas de fogo e desertificação instantânea.

Um número de pessoas conseguiu sobreviver ao se refugiar nas chamadas Vaults (eu ia procurar uma boa tradução pra Vaults, mas abóbada é imbecil demais pra mim), ninguém sabia, mas o propósito delas era, além de abrigar um número de pessoas para preservar a humanidade, fazer experimentos (uns bem retardados diga-se de passagem). Outras pessoas sobreviveram, mas fora dessas Vaults, se escondendo em cavernas, esgotos, abrigos improvisados etc. Mas a radiação causou certas mutações nelas, por causa disso elas são denominadas "Ghouls", vítimas de envenenamento por radiação pesada, que corrói a pele e, paradoxalmente, aumenta mais a sua vida.

No primeiro Fallout, você é um morador de uma dessas Vaults, seu objetivo é encontrar um chip purificador de água já que o atual está indo pras cucuias. Só pra você ter noção do quão crucial é essa missão, eles estão de mandando pra superfície, um lugar onde ninguém vai a mais de 100 anos. Ninguém sabe o que tem lá em cima, você não está preparado caso encontre um ornitorrinco de sete metros com nove braços e sete pernas, que dispara lasers pelas narinas. É o tipo de coisa que te surpreende,  sabe.

Acaba que, ao chegar na superfície, você encontra mutantes gigantes, lagartos gigantes, insetos gigantes, escorpiões gigantes, ratos gigantes, enfim, tudo lá em cima tem uma versão gigante que quer arrancar sua cabeça da maneira mais criativa o possível.

Apesar de tudo ter se tornado um deserto enorme cheio de radiação, ainda existem seres humanos, e eles ainda se organizam em pequenas vilas ou em cidades com milhares de habitantes, ainda que a criminalidade seja bem alta (gangues, mercenários e psicopatas tendem a aumentar tais estatísticas).

Não vou contar spoilers aqui, mas depois que você obtém o chip, uma ameaça ainda maior o obriga a se unir a uma poderosa facção para salvar o que restou da humanidade. Isso foi pra encurtar porque cada jogo demora, pra mim, pelo menos uns meses pra zerar, tem muita coisa pra fazer, muita.

Em Fallout 2, você joga como um dos descendentes do primeiro Vault Dweller (esse é o nome atribuído ao cara do primeiro jogo, algo como 'habitante da vault', eu sei, em português fica escroto pra caralho, como qualquer coisa basicamente).



Você mora em uma tribo - é, uma tribo, existem muitas espalhadas pela região - que sofre várias moléstias como, doenças, gado morrendo, plantações morrendo, pessoas morrendo.

A única esperança da sua tribo é um dispositivo chamado GECK, esse aparelho é basicamente usado pra revitalizar regiões onde a vida encontra dificuldades pra florescer (se você entende inglês e está realmente interessado na parte técnica, tem uma descrição completa aqui do troço). Depois de passar nos testes pra provar que você realmente merece tal tarefa, você deixa pra trás sua vidinha comum de jeca-tatu e vai viver uma aventura.

Não, isso não é uma cena de algum filme do Roland Emmerich
Apesar de seu ancestral ter salvo o mundo uns anos atrás, o mundo não é um lugar melhor pra se viver, muito pelo contrário. Agora além dos problemas anteriores, adicione também uma organização militar secreta que afirmam serem os organizadores legais do Estado, some também ao fato deles serem mais avançados tecnologicamente do que qualquer facção conhecida e que são comandados por um cara completamente louco, "Presto!", você está quatro vezes e meia mais fudido.

Pelo menos você tem mais opções para companheiros e uma cidade que emula a antiga Vegas (com direito a estúdio pornô, cassinos e brigas entre famílias da máfia).

E você achou que eu estava exagerando
De novo, não vou dar spoilers sobre o que acontece no decorrer do jogo, se quiser saber, joga, se não quiser jogar, Google.

No terceiro jogo da série você é novamente um habitante de uma Vault, só que dessa vez você mora numa Vault onde ninguém é permitido sair, ninguém, ela está trancada por 200 anos. Um belo dia seu pai resolve escapar e te deixar lá dentro, sério, mas por um motivo nobre, ele descobre um jeito de purificar a água que foi contaminada pela radiação da Guerra, algo que pode mudar toda a vida fora das Vaults. Mas ele não te explica isso, e o 'presidente' do abrigo fica neurótico, beirando a psicose, ele manda os guardas matarem o ajudante do seu pai e depois te procurarem, afim de arrancar algumas respostas. Sua sorte é que a filha dele te encontra antes e te ajuda a sair de lá sem que ninguém te veja, e assim você pula de uma vez num mundo onde a lei é "atire primeiro, conte os corpos e tente descobrir que merda que acabou de acontecer, e o mais importante, houve lucro?" (é, uma variação mais hardcore da lei do mais forte).

Depois de aprender a sobreviver num lugar onde até mendigos estão armados com armas nucleares e um mosquito é maior que um cachorro, sua tarefa se torna um pouco mais fácil, sendo que a tarefa é "ache seu pai", hoje em dia você imagina uma criança perdida no Shopping, esvazie o Shopping e o preencha com assassinos drogados, mutantes armados e pessoas que querem te matar só porque você tem uma calça bacana. A vida é um pouco mais complicada num mundo pós-apocalíptico.

Lembre-se de colocar muitos pontos em Agilidade, pra você correr bem rápido

***

São duas da manhã e amanhã não tem aula... talvez eu updeiteie amanhã de novo, estou feliz por ter terminado esse post, mesmo sabendo que ninguém vai chegar até aqui.

03/08/2011

Quando a depressão e preguiça se instalam

Vou ser franco com vocês (o que não tem nada a ver com o papel moeda em circulação na Suíça), meu plano hoje era chegar em casa depois de 32 horas de aula e ir jogar Fallout, porque, porra, eu mereço (juro que se vocês pensarem merda eu quebro suas espinhas com um alicate), ando trabalhando demais esses dias.

O único motivo que me dava o mínimo de motivação pra levantar de manhã, comer, respirar, enfim, viver, era o meu recém comprado CD do ɴɪи.

Sério, me surpreende que o Universo não tenha entrado em colapso com algo tão foda

Mas a vida gosta de apontar seu dedo gordo e cheio de verrugas pra mim e rir da minha constante desgraça. Normalmente eu vou embora da escola lá pras seis e meia, mas hoje todos os carros de BH se ligaram sozinhos e foram dar um rolé, não tem lógica a quantidade de carro que tinha na rua hoje, o centro da cidade parecia uma orgia automobilística mas ninguém estava contente com isso, pelo menos as pessoas não estavam, não sei se os carros curtiram aquele bacanal sobre rodas, carros são difíceis de interpretar.

Me conte seus segredos

Consequência, cheguei em casa quase oito horas e minha vontade de sentar e curtir um bom RPG old-school  simplesmente se esvaiu, bem, isso e porque eu viciei na overdose de nostalgia que é meu novo emulador de Pokémon Crystal pra celular, e foda-se se eu não tenho mais 11 anos, é divertido pra caralho, muito melhor que o último Modern Warfare.

Representado: Algo quinze vezes melhor que um FPS genérico

Depois que eu cheguei e vi o post do Cash, uma vontade fulminante subiu pelas minhas vértebras e eu quis fazer um post parecido, cacei minhas imagens mais sem contexto que consegui achar no meu HD e... e é isso aí.


Esse é o Cash, se esforçando ao máximo pra realizar um exercício de matemática

Essa foto é o resultado da capa do livro de física do ano passado somado a um adesivo do homem aranha

Eu sei tanto quanto você sobre essa foto

Prefiro não revelar a entidade por trás da máscara

Garantindo uns pontinhos no final do ano

Fora o fato de que é divertido e irônico, não me lembro porque fiz isso

Isso se chama estratégia de marketing, crianças

Infelizmente eu não tenho nenhuma foto recente, principalmente porque meu celular novo chegou faz pouco tempo e nem música ele tem ainda, e porque minhas fotos antigas mais recentes (lolwut?) aparentemente foram consumidas pelo meu computador e foram parar em Nárnia.

***

Esse pseudo-post termina por aqui, tenham uma boa-noite.

Fim das férias, espelho quebrado e fotos randômicas

[update: você, detentor de um site milionário que recebe dezesseis mil visitas por dia, ou dono de um blog que se sentiu comovido com o precário número de leitores desta página, sinta-se à vontade para adicionar nosso banner ao seu site. Ficamos fodamente agradecidos. Ele se encontra à sua direita, no inferior.
Grato,
A gerência]


Olá queridos internautas ociosos,

quem hoje vos fala é o Cash. Só pra esclarecer um problema de crise de identidade que aparenta assolar a mente de vocês, no final de cada post aparece escrito o autor do respectivo tópico, ou seja, não me confundam com o Clint. Sou muito mais legal que ele.

Enfim, vamos ao que interessa. Hoje, dia 3 de agosto, configura o terceiro dia de aula após o fim das férias de julho, e eu já me encontro em estado de depressão apocalíptica pelo simples fato de ter que acordar todo dia às 6 e meia da manhã pra me fechar por seis (ou doze, dependendo do dia) horas num cubículo com outras 40 pessoas onde conhecimento é osmoticamente inserido no meu cérebro contra a minha vontade. Mas fique tranquilo, esse post de hoje ainda não é uma oficial nota de suicídio. Ainda.

Férias, pra você, meu caro aluno estudioso que gosta das aulas, é aquele período de duas semanas que você odeia pelo fato de não poder ir pra escola. Bastardo.

***

O que mais, o que mais? Vejamos... acabei de fazer o favor de quebrar meu espelho, que sempre se encontrou muito útil pra pôr as lentes de contato. Mas a culpa não foi minha, já que o filho da puta do prendedor que mantinha ele na parede resolveu soltar, Deixando o espelho cair e jorrando estilhaços pela desgraça do chão inteiro. Consequentemente, fui alvejado por algumas dezenas de nanocacos de vidro que falharam em atravessar a minha roupa, exceto por dois (até agora) que me perfuraram a perna e a mão, não sei como o desgraçado voou até a minha mão. Pra tirar é uma desgraça, já que quanto mais eu chegava com a mão perto deles pra remover, mais eles entravam na pele, parece a porra da tecnologia Stark Industries (quem não entendeu, faz o favor de assistir ao filme, cacete).

Ou seja, de acordo com a mãe Diná e outras entidades, agora eu tenho 7 anos (úteis) de azar pro meu próprio divertimento. Mas como eu desde pequeno sempre esbocei um belo foda-se pra superstições, mutretas e afins, não acredito nessa merda. Se isso existisse, eu já teria sofrido todo tipo de maldição possível por conta de correntes de e-mail, o que inclui a garotinha que morreu em algum acidente bioquimicamente trágico vindo me assombrar em horários vespertinos.

A propósito, isso me lembra a corrente que EU forjei (e sim, eu realmente fiz isso) e repassei pra minha lista de contatos há uns bons anos, que ameaçava que o membro inferior viril da vítima cairia caso esta não repassasse a mensagem para (insira número absurdo aqui) pessoas.

Mas voltando ao incidente de hoje, a minha única preocupação com o fato é que eu gostava do falecido espelho e quero outro igual, mas dessa vez um que resista a impactos.

***

Sabe quando você pega seu celular, abre as imagens e vê aquela foto que você não faz ideia de por que tirou, ou é uma coisa tão imbecil que ficou lá e foi esquecida? Pois é, eu fiz isso outro dia, . Resolvi botar tudo aqui, apesar de ser chato pra caralho colocar imagens no Blogger. Mas foda-se, como você acabou de pensar. Vamos às fotos:

Figura 1: Cash na loja de brinquedos com uma máscara do Homem-Aranha. Aliás, isso me lembra: Marvel anuncia novo Homem-Aranha após morte do original

Figura 2: Sinceramente, não faço a menor ideia do que seja isso

Figura 3: Lê-se "Eu amo meu baço. Mas ele não me ama". Primeira sentença escrita por Clint, a segunda por mim.

Figura 4: Biscoito Waffer grudado na parede. Não, é sério. Ele tá grudado na parede. E ficou uns quatro dias lá.


Figura 5: Livro de espanhol. Tema: adulto


Figura 6: me abstenho de comentários


Figura 7


Figura 8: ...

Imagino o que não tem nas minhas fotos antigas do computador.

***

Eu tinha outra coisa pra falar, mas esqueci. Foda-se. O próximo post será maior, eu prometo. Mas hoje não, hoje eu tô deprimido. Quando são as próximas férias?

02/08/2011

Eu 2.0

Como é bom estar de volta. De volta ao blog, porque eu não fui pra lugar nenhum na verdade, fiquei as férias inteiras aperfeiçoando meu sono, só, com exceção da última semana em que eu fiz um cirurgia ocular -por isso o infame título- pra corrigir um caso leve/moderado de estrabismo, era isso ou começar a fazer vídeos pro youtube e virar uma pseudo-celebridade.

mas eu não tinha uma câmera

Então peguem um cobertor, um copo de chocolate quente fumegante e todo o amor e imaginação que vocês depositam em seus coraçõezinhos porque o titio aqui vai contar uma fábula pra vocês.

Eu me esforcei esquizofrenicamente pra lembrar de todos os fatos, mas como minha memória é pior que a de uma maçaneta lobotomizada não posso prometer que eu não tenha esquecido de alguma coisa. Enfim...

Segunda-feira, dia 25 de Junho de 2011, mais conhecido pra mim como, o dia em que minha jornada pra enxergar como um ser humano normal começava. Acordar foi uma tarefa pesada já que eu tinha que estar no hospital às 9:20 e tive que acordar lá pras oito e, quando você está acostumado a dormir às quatro da manhã e acordar às cinco da tarde, isso pode acabar se tornando um estorvo.

Entrei no carro e coloquei The Dillinger Escape Plan pra tocar no meu iPod, com participação especial de Mike Patton, numa forma de terapia pré-cirurgia, pra relaxar e descontrair.

terapia

O lugar onde fiz a cirurgia era diferente de onde eu fiz a consulta, portanto eu não tinha ideia de onde seria a parada, quando eu saí do carro eu fiquei olhando em volta, procurando o prédio mais alto que tinha por ali, porque pra mim é assim que as coisas funcionam, quanto mais alto é o edifício, mais alto é também o nível de qualificação e preparação das pessoas que trabalham nele, portanto, seguindo esse conceito, a ala médica da Estação Espacial Internacional é melhor do que um beco escuro com cheiro de mijo de mendigo povoado pelo povo toupeira.

Vemos aqui o ápice em cuidado hospitalar ao lado de seres subdesenvolvidos

No final das contas acabou que não era o prédio mais alto, mas ainda assim de tamanho satisfatório, só que meu nível de alerta aumentou, a imagem de um médico despreparado injetando vaselina em mim ao invés de sedativo me pareceu menos improvável.

Não tive que ficar esperando na sala de... espera... por muito tempo, em menos de cinco minutos eu fui chamado, fez com que eu me sentisse importante. Depois de passar por um corredor estreito eu me encontrei num cubículo assinando vários papéis que uma loirinha me entregava, se eu tivesse parado pra ler alguma coisa que estavam naqueles papéis que ela vomitava em cima de mim, eu provavelmente teria encontrado algum motivo pra mudar de ideia, do tipo:

"Não nos responsabilizamos por nada de errado que possa acontecer com você durante a cirurgia, como, pequenas lesões causadas por algum descuido, perda de algum membro, uma equivocada mudança de sexo, sodomia. Caso ocorra qualquer tipo de imprevisto a culpa é provavelmente sua." esssas coisas.

bastardos
Depois de assinar tantos papéis até dar gangrena no braço subi para o segundo andar onde eu realizaria a cirurgia, depois de entrar numa outra ala e responder à algumas perguntas eu tive que tirar minhas roupas e colocar o modelito primavera-verão do hospital, eu fiquei de meias, cueca, com uma touca, um short, que de tão pequeno me baniria permanentemente de todas as praias brasileiras por atentado violento ao pudor, e a enfermeira também me deu um roupão branco cujo tinha um mecanismo rudimentar pra fechar (o troço dava a volta em mim e na ponta amarrava com um cadarço).

Fiquei numa salinha sozinho esperando eles fazerem os preparativos até ser chamado, ao entrar na ala de cirurgia eu tive uma surpresa muito agradável, vocês sabiam que as cirurgias são aplicadas no Círculo Polar Ártico? Pois é, a desgraça do lugar estava a baixo de zero, até os malditos médicos estavam reclamando, é mandatório eu sofrer de hipotermia ao realizar qualquer procedimento médico? Pode me chamar de louco, MAS EU ACHO QUE NÃO!

Bem vindo, pode se deitar aqui, cuidado com a morsa

Após mudar de sala por motivos que a ciência nunca vai desvendar eu finalmente me deitei e estava a poucos instantes de ter meus olhos mutilados e costurados. A enfermeira grudou um tubo de oxigênio no meu queixo e nesse instante entra o anestesista, que com o objetivo de diminuir a tensão do ambiente, começa a contar piadas, do tipo, "depois que você tomar isso aqui, vai ficar tonto como se tivesse tomado dez latas de Skol", não fazia sentido ele dizer isso porque eu tinha acabado de falar pra ele que eu não bebia, mas ele parecia sofrer de algum déficit de atenção ou albinismo mental, porque  ele saiu da sala enquanto me explicava o procedimento, não apenas saiu mas, saiu falando sozinho... dava pra escutar ele do corredor. 

Cerca de um minuto e meio depois eu comecei a sentir o efeito e acabei dormindo (ou alguém jogou um tijolo na minha cabeça, porque eu não lembro de nada que aconteceu depois disso). Devo ter acordado cerca de uma hora mais tarde, eles ainda estavam terminando de torturar meu olho esquerdo, ocasionalmente escorria um liquido pelo meu rosto e eu não sabia se eram lágrimas, sangue ou meu cérebro, pelo menos eu não estava sentindo mais nada, eles podiam estar usando uma furadeira industrial em mim que eu não teria percebido.

sutileza é para os fracos

Como um dos olhos sofreu uma anestesia mais violenta, eu tive que colocar um tampão até o dia seguinte e eu não conseguia abrir o outro ainda. Eu tive que sair do hospital guiado pela minha mãe, fui tateando com os pés até chegar no carro. Dormir foi fácil, eu estava tão destruído que dormi o dia inteiro.

No outro dia eu tive que abrir meu olho direito com os dedos, era tanta remela, pus e substâncias que eu nunca tinha visto antes que me deixaram meio traumatizado. Sem falar no pequeno desconforto que é ter uma linha no seu olho roçando nas suas pálpebras por dentro, tinha também as linhas dentro do seu olho. Meus olhos estavam tão vermelhos que pareciam um pedaço de carne, alías, estão assim até agora, mas eu não tenho mais vontade de arrancar eles com as próprias mãos num surto de loucura.

mais ou menos assim

Com o tempo meus olhos vão "absorver" os pontos, tipo a Symbiote do Venom absorvendo o Homem-Aranha, o que na minha opinião é foda pra caralho.

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Termina aqui a história do "Dia em que deixei dilacerarem meus olhos". Deixei pra fazer a conclusão da lista depois, se não escrevesse esse artigo logo eu ia acabar esquecendo de tudo, mas a conclusão já está feita pela metade, vai sair essa semana ainda, eu espero de coração que vai pelo menos.