17/03/2011

O garoto de terno (ou o pequeno orc)

Os fatos retratados a seguir ocorreram entre as 9 e 10 horas de uma noite inóspita de fevereiro.

Era feriado e eu e o Clint fomos passar uma temporada na casa de um chegado nosso. Ao conferir a geladeira e concluir que estávamos chegando a um nível crítico de suprimentos, nos voluntariamos para comprar comida (leia-se porcarias) e Coca Cola pra sobrevivência geral. Tudo certo, a gente equipou o dinheiro e desceu até a loja de conveniência mais próxima.

(Nota do autor: na verdade era um supermercado, mas loja de conveniência deixa um clima mais sombrio. Vá se foder, sou eu quem está contando a história, para de chiar.)

Uma coisa digna de se tornar nota é que sempre que eu e o Clint vamos fazer alguma coisa, algo bizarro acontece. Qualquer cena esdrúxula que não ocorre geralmente (tipo a vez que a gente achou uma calota 'dando sopa' no meio da rua e ele teve a ideia de tomar posse dela) é uma certeza pra qualquer coisa que a gente faça.

Enfim, a gente saiu do prédio sem nenhuma complicação (o que é algo incrível se tratando da gente) e foi na direção da loja de conveniência do supermercado.

Quase chegando lá, enquanto a gente falava besteiras sobre alguma aleatoriedade qualquer uma figura digna de notoriedade aparece no horizonte, tava meio escuro pra descrever detalhes, mas um objeto verde brilhante era claramente perceptível àquela distância. Enfim, uma descrição de como ele se apresentava quando se aproximou da gente:
Ele tinha mais ou menos um metro e vinte, era um moleque de uns 12 anos de idade. Trajava um terno grotescamente maior que ele, camisa preta por baixo do paletó (taí uma palavra bacana) e uma gravata verde-limão HORRIVELMENTE cintilante. Acho que tinha umas lantejoulas nela também. Um gelzinho básico no cabelo, e tal. A gente se esforçou pra não rir na cara dele, mas esperar ele passar pra aí sim começar a rir, mas quando ele passou do nosso lado olhou pra gente e emitiu um barulho tipo "GHRAWLWARWRR" (palavras dele), fechou a cara, olhou pra frente e seguiu seu caminho. As risadas não foram atrapalhadas pela nossa perplexidade. Seguimos nosso rumo, compramos as paradas (o cara do caixa gostava de puxar assuntos inusitados com a gente, mas isso é outra história) e voltamos pra casa do nosso chegado, pro videogame ditar nossos futuros a partir daquele momento.


Ok, parem de reclamar, se nao o texto não tivesse tanto sensacionalismo ia ficar pequeno, e eu ia ficar com peso na consciência. Mas é muito divertido escrever aqui, eu e o Clint devíamos receber por isso. Aquele abraço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário